Olá amigos, esta talvez seja a maior de todas as postagens já colocadas neste blog. Trata-se de um texto do livro “A Linguagem do Corpo 2” da autora Cristina Cairo. É uma leitura fantástica e bastante funcional para quem decidiu livrar-se dos quilos a mais e, principalmente, ser feliz definitivamente. Espero que ajude e que vocês gostem. Todas as postagens que aqui coloco é sempre com a mais pura intenção de melhorar, pelos menos um pouquinho, a autoestima e a fé em si mesmo de quem as lê.
Um beijão enorme e fiquem todos com Deus!!
Dani
A LINGUAGEM DO CORPO – OBESIDADE
Cristina Cairo
O corpo humano é uma máquina maravilhosa. As células, os tecidos, os órgãos, os sistemas, tudo trabalha de forma integrada, em perfeita harmonia. É uma construção incrível, que funciona de modo automático, sem que precisemos pensar para que nossos olhos pisquem ou que nosso coração pulse. Quando todos os órgãos cumprem sua função corretamente, dizemos: "estamos com saúde". Todas as manifestações do corpo, inclusive as doenças, são mensagens que o nosso organismo envia do que está se passando em nossa alma. Sabendo "ler" estas mensagens, temos poderosas ferramentas para o autoconhecimento e, conseqüentemente, para a cura das doenças.
Antes mesmo de um indivíduo verbalizar seus pensamentos ou sentimentos, o corpo, através do sistema nervoso, transmite impulsos que geram movimentos musculares imperceptíveis. Esta comunicação não-verbal conta sobre o que se passa dentro do indivíduo. Portanto, através do conhecimento desta comunicação não-verbal de si mesmo e das outras pessoas, é possível entender os porquês de problemas pessoais ou de saúde.
O corpo físico é como um anteparo onde se projetam as emoções. Emoções negativas somatizam-se em forma de doenças, a curto ou longo prazo. O inconsciente relaciona universalmente a função de um órgão a uma emoção equivalente. Por isso, devemos solucionar as questões problemáticas o mais rápido possível, impedindo o inconsciente de se comunicar através da doença para nos alertar sobre nossa conduta.
Essa é a Linguagem do Corpo, ciência milenar que resgatada da medicina chinesa, egípcia, encontrando ecos modernos na psicossomática, na psicanálise, na neurolingüística e na medicina holística em geral.
Hoje em dia, os médicos estão percebendo cada vez mais que é preciso tratar o paciente como um todo, tanto nos seus aspectos físicos quanto nos psicológicos e espirituais, para se obter a cura. E constatam, na grande maioria dos casos, a eficiência dessa abordagem.
Estou propondo uma forma que vai resolver definitivamente seu problema da obesidade e qualquer outro problema de saúde e de estética que você tiver, bastando se dar a oportunidade de percorrer este caminho.
Todo aquele que busca, encontra uma resposta, mas nem sempre aceita ou compreende a resposta que recebe.
O corpo nos revela, em cada pedacinho, o todo de nossa essência e cabe a nós reaprendermos a entendê-lo, para assim mudarmos aquilo que guardávamos inconscientemente contra nossa própria vida.
Quando nos agarramos à crença da hereditariedade, todas as portas se fecham e nada pode ajudar ninguém. As pessoas se tornam escravas do tempo e da genética, e descartam soluções alternativas. Saiba que a ciência médica avançou destemidamente, e muitos livros já foram escritos por médicos, que comprovam que o corpo fala, ouve e pode ser transformado com a ajuda de nossa consciência. O médico americano, dr. Paul Pearsall, diz em sua obra Memória das Células que o ser humano deve ouvir mais o coração e saber usar a força misteriosa que existe nele, capaz de mover máquinas e transformar ambientes com apenas a energia desse órgão. Outro médico renomado, inglês, dr. Douglas Baker, escreveu Anatomia Esotérica em que define muito bem a ligação do corpo físico com a mente, mostrando fisiologicamente o que uma concentração mental é capaz de produzir em nosso corpo.
A obesidade
Obesidade é um assunto polêmico, tanto em suas causas quanto em soluções. Dentre os profissionais de saúde, alguns colocam a causa em problemas orgânicos, como disfunção da tireóide, ou problemas hormonais e de metabolismo, outros, em problemas emocionais. Para se emagrecer, vários são os métodos difundidos. Dietas, grupos de acompanhamento, cirurgias para diminuição do estômago, cirurgias plásticas, lipoaspirações, spas, remédios para cortar o apetite, para aprisionar a gordura do alimento, para diminuir a ansiedade, para aumentar a saciedade, medicações naturais, novas teorias vindas de outros países, academias de ginástica, programas de exercícios físicos e etc.
Freqüentemente, aparecem soluções contraditórias, novas descobertas de dietas, umas baseadas em gorduras, outras em proteínas, abolindo os carboidratos, outras ainda defendendo uma determinada combinação de alimentos.
E o obeso fica sem saber direito o que fazer.
A maioria dos bebês nasce com um peso que é considerado normal, e que varia entre 2,5 e 4,5 quilos. Poucos são os bebês muito gordos, fruto de mães diabéticas ou com útero muito grande e também poucos são os bebês de baixo peso. Estes, provavelmente são prematuros ou então filhos de mães fumantes ou viciadas em drogas ou com outra disfunção. ) fato é que ninguém nasce obeso. Por que, então, alguém se torna obeso?
Há pessoas que se tornam obesas na infância e assim sosseguem por toda a vida. Há outras que engordam na adolescência. Há outros que, depois de um fato marcante, aumentam desenfreadamente de peso. E outros engordam na fase adulta.
O gordo enfrenta inúmeros dissabores: insatisfação com as roupas, com sua imagem no espelho, problemas sociais, dificuldades no relacionamento afetivo, dificuldade de manter a dieta que se propôs e depois agüentar o sentimento de culpa.
Seu dia é pautado por desejos, frustrações, ansiedade e culpa. Pensa em comida, ou na falta dela, o tempo todo. É sempre apontado como diferente. Aqueles alimentos deliciosos, que os magros por vezes rejeitam, são proibidos. E há os apelidos. Ele é simpático, mas, que pena, é tão gordinho! Dó e pena são sentimentos que ele desperta freqüentemente.
E ele, então, já cansado de tantas frustrações, promessas, tentativas e fracassos, desanima. Alguns desistem neste ponto, conformando-se com sua silhueta roliça e pouco atraente.
Perdendo a fé
O obeso, que já experimentou de tudo, de repente dá de cara com ele mesmo. E ainda gordo. E acontece algo tristemente comum: ele passa a perder a fé nele próprio, nas soluções e nos médicos. Por que esta injustiça comigo? Por que não posso ser magro?
O obeso acaba entrando em uma angústia profunda, e em um desânimo sem igual. A depressão vem em seguida. Sua ansiedade aumenta com essa carga interna de pressão e cobrança. Há a pressão externa também. A sociedade cobra um padrão de comportamento e imagem condizentes com a média da população, ou seja, que o indivíduo não tenha excesso, sob a pena de ser taxado de diferente e, com isso, ser marginalizado e discriminado.
Há também a grande pressão exercida pela mídia e pelos meios de comunicação que impõem, atualmente, um padrão de beleza calcado na magreza extrema. Com isso, todos perseguem aquela silhueta, que se convencionou ser a ideal. A moda, os cosméticos, os alimentos e muitos outros bens de consumo são comercializados para que a pessoa atinja aquele ideal de beleza.
Muitos resultados desastrosos advêm desta corrida louca pela magreza. Bulimia, anorexia e distúrbios psicológicos são exemplos hoje muito comuns. E, por vezes, esta triste história termina até com a morte.
Frente a todos estes problemas, o obeso faz algo para se aliviar e sua válvula de escape é comer ainda mais. E isto só aumenta seu problema. Sua autoestima, que já estava microscópica, some de vez. Sua autoconfiança diminui.
E é em si mesmo e em seu próprio Deus que o obeso acaba perdendo a fé.
Esperando um milagre
Para recuperar a fé perdida, só mesmo um milagre. E é mesmo um milagre que o gordo gostaria que acontecesse. Poderia aparecer alguém que o tocasse para que ele emagrecesse. Ou então, deveria surgir um remédio mágico que ele pudesse engolir e em pouco tempo se ver contente com a sua silhueta. Mas milagres não acontecem assim.
Mas, afinal, onde está a solução?
Eu digo que a solução está DENTRO de cada um.
Enquanto você considerar a obesidade como problema hereditário, como um distúrbio emocional, ou de glândulas, descontrole alimentar, etc, ou seja, procurar a solução do lado de fora, não vai conseguir mudanças físicas significantes e duradouras.
Assim, anos se passam e mais obesos aparecem, buscando soluções para este problema, que desencadeia tantas outras situações complicadas e constrangedoras em suas vidas. Alguns até já se conformaram e metade de seus pensamentos durante o dia é voltado para o controle de seus hábitos alimentares.
Para que você, querido leitor, possa se beneficiar com o que está escrito neste livro será preciso que abra o seu coração e entenda que não nascemos fixos e sim, podemos mudar nossa vida e nosso corpo, descobrindo através da imaginação o que seríamos e como reagiríamos se nosso corpo fosse diferente do que é hoje. Por exemplo: se você fosse bem mais magro, que tipo de emprego ou ofício você teria? Que tipo de lazer lhe traria prazer? Apenas pense, não há necessidade de revelar isso a ninguém, pois quem está gordinho dificilmente acredita que pode emagrecer e ser outra pessoa, não é mesmo?
Você sabe o que é ser magro?
Eu lhe pergunto, querido leitor, você já foi magro? Sabe o que é ser magro? Sempre foi gordinho? Nunca teve a sensação do que é ser magro e para que ser magro? Ser magro não é privilégio de alguns, ser magro é ter pensamentos de magro.
Vou explicar melhor. Se você pensa que não nasceu para ser magro e acredita que cada um é o que é, e que isso não pode ser mudado, então você tem pensamentos de gordo. Agora, se você acredita que tudo pode ser mudado e que um dia vai encontrar a porta certa para emagrecer, então você tem pensamentos de magro. Sentiu a diferença de conduta entre um gordo e um magro? Não? Calma, vou dar mais exemplos.
Se alguém da família vem até você, traz um problema e joga-o em suas costas, o que é que você faz?
Alternativa A: Pega o problema e tenta resolver, chorando ou não?
Ou
Alternativa B: Chama todos da família, na hora, delega responsabilidades, e não quer mais saber do assunto?
Bem, se você respondeu a alternativa A, é um grande candidato à obesidade, mas se você respondeu a alternativa B, tem grandes chances de emagrecer, pois o magro não engole "sapos" e, como eu sempre digo: "Engolir sapo engorda", entendeu? Não?!
Responda sem pestanejar:
Se os amigos e a família esquecessem do seu aniversário ou convidassem todos para passear mas esquecessem de você, o que é que você faria?
Alternativa A: Ficaria magoado e não falaria mais com eles, ou ligaria para eles brigando e se fazendo de criança rejeitada? Ou até os criticaria secretamente?
Alternativa B: Ligaria para eles, dando a data do seu aniversário e até os avisaria, simpaticamente, que você ficaria feliz se fosse convidado para aquele passeio?
Pois bem, você já está percebendo as posturas, não é mesmo? Se você escolheu a alternativa A, pensa como gordo, e se você escolheu a alternativa B, pensa como magro. Mas lembre-se de que as palavras e os comportamentos devem vir do coração, com sinceridade e não fazendo tipo.
Já percebeu que a maioria dos gordos diz que todo magro é magro de ruindade? Brincadeira ou não, é a imagem que os gordos têm deles, pois enquanto o obeso não sabe dizer não, o magro diz vários nãos, sem cerimônia, não é? E enquanto o obeso abraça os problemas de todos e muitas vezes se anula em prol da família, ou do trabalho, o magro ajuda as pessoas, sem abraçar os problemas, delega poderes e responsabilidades, trata com "frieza" quem se faz de vítima e arranca "os vampiros" rapidinho de cima de seus ombros, sem sentir culpa. Quando digo frieza, quero dizer fibra e coragem.
O gordo, ou quem acha que tem tendência a engordar, está, na maioria das vezes, jogando culpa para todos os lados. Sua carência afetiva não lhe permite ser livre. Tem medo de perder, de magoar, de ser magoado, da solidão e sente-se rejeitado, caso queira negar algo a alguém. Por que o obeso ou o gordinho não cresceu em sua criança interior? Por que é tão dramático em suas emoções, paixões ou discussões? E por que age de maneira infantil, quando se depara com perdas, traições, tragédias e até grandes alegrias?
Muitos obesos têm medos que não combinam com a vida adulta e, com certeza, são mais emotivos do que os magros.
Será que você gostaria de ser magro e ter que andar com as próprias pernas, sem depender emocionalmente de ninguém, não esperar nada de ninguém, não desabafar ou ouvir desabafos com tanta freqüência? E, ainda, ignorar completamente chantagens emocionais dos outros sobre você, tocar sua vida sozinho, alegre, dinâmico, não se ver mais como vítima de situações e de pessoas? Tomar decisões rápidas, quando se trata de uma separação, mudança de residência, de trabalho ou quando se trata de se desapegar de certas pessoas que, só de pensar em sua partida, já lhe causa sofrimento?
Você percebeu onde eu quero chegar, fazendo comparações de comportamentos? Exatamente! Quero fazer você pensar como magro, que é livre internamente a ponto de não sentir culpa ou arrependimento quando diz não a alguém. E mais, quero fazer você sentir o prazer de se desprender de certas emoções, que só combinam com a lixeira de sua casa, como por exemplo:
"Olhe o que ele me fez!"
"Não me deixam ser feliz."
"Ela é feliz porque é magra."
"Estou com preguiça de ir até lá."
"Depois eu faço."
"Alguém tenha dó de mim..."
E vários outros pensamentos de preguiça, acomodação, autopiedade, vítima, dependência, inveja, insegurança, raiva, etc.
Se você acha que todas as pessoas são assim, então leia esses pensamentos de magro:
"Você não quer ir comigo? Então eu vou sozinho."
"Ela é feliz, porque batalhou por isso."
"Vou fazer agora e não depois."
"Não caio em chantagem emocional, pois faço o que quero, ameaças não me metem medo."
O que quero dizer é que, enquanto você olhar para a vida e a família com os medos e inseguranças de sua criança interior, estará sempre vulnerável a pessoas, paixões, perdas, dependências e obviamente magoado consigo mesmo, por negar frequentemente a si mesmo em prol de alguém. Ajudar as pessoas também significa soltá-las para deixá-las viver suas próprias lições. Portanto, se você arruma todo tipo de desculpas para não soltar aquela pessoa, lembre-se que é você o carente da história e seus medos o fazem segurar problemas que poderiam estar sendo resolvidos, se você se sentisse mais protegido e seguro, dentro de seu próprio coração. Se você fosse magro, entenderia, com alegria, que se desapegar é bom e que estar só não significa solidão.
Por mais inteligente, culto ou rico que você seja, analise sua forma melindrosa de pensar em certas situações, tente ser mais objetivo, frio e rápido nas decisões, e veja como você se sentirá.
O estilo de vida dos obesos e dos magros
Repare o quanto o obeso é cinestésico, ou seja, necessita de muito conforto, boas comidas, abraços apertados, e tudo que lembre um bebê recebendo uma intensa maternagem. Isso tudo é muito gostoso, não é mesmo? Mas, quando se espera que outras pessoas lhe dêem essa maternagem, a ponto de você sentir-se como uma criança dependente, está demonstrando que não há dinâmica pessoal, pois na maioria das vezes tem medo de perder essa proteção e essa segurança. A preguiça é um grande aliado do obeso e mesmo havendo raras exceções, todo gordinho gosta muito de ser servido e acalentado, exatamente como um bebê.
Um magro, por sua vez, também gosta de ser bem servido, mas se percebe que estão demorando, ele se adianta e toma a iniciativa de servir-se, sem nenhuma cerimônia. Ou seja, se um magro percebe que não terá o abraço, o conforto, a comida e os servos, ele rapidamente dá as costas para o passado e avança para conquistar seus objetivos sem esperar nada de ninguém. Na verdade, ele não espera porque sabe que cada pessoa tem seu tempo.
Existem magros que muitas vezes se frustram e se anulam em prol de outras pessoas, mas isso só acontece quando eles possuem "bumbum achatado". Não ria, é sério. Magros que têm profundas inseguranças e dependências emocionais desenvolvem glúteos caídos ou achatados, mostrando que se defendem como cachorrinho ameaçado: ou agridem ou se anulam. Existem obesos que possuem glúteos achatados também, e isso mostra o quanto são medrosos para viver sua própria vida sem depender emocionalmente dos outros.
Em compensação, se encontrarmos um obeso com glúteos avantajados, esse será autoritário, dono do próprio nariz, mas a criança interna imatura o fará dramatizar os acontecimentos. Quanto maiores os glúteos, menos se consegue lidar com contrariedades e frustrações, tornando-se nervoso ou muito acomodado, já que os outros não fazem o que ele quer.
Agora, querido leitor, se você encontrar um magro com glúteos avantajados, além de ele ser independente, é também autoritário e jamais aceitará qualquer autoridade sobre si.
Veja que as partes do corpo mostram conflitos dentro de um todo, como por exemplo: obesas com seios pequenos não querem ser dependentes e brigam consigo mesmas para serem mais livres, em contrapartida, obesas de seios grandes são maternais com todos e muitas vezes se anulam para cuidar dos problemas da família ou de amigos.
Quanto ao lazer, por exemplo:
- Quantos obesos você encontra num camping? E quantos magros você vê acampando?
- Quantos obesos você vê jogando bola? E quantos magros?
- Quantos obesos levantam rápido da mesa durante as refeições e quantos magros você vê impacientes para saírem da mesa após as refeições?
Você pode encontrar poucas exceções, mas com certeza o obeso não quer abrir mão do conforto ou da preguiça, enquanto o magro não quer perder tempo, mesmo que tenha que desistir de seus prazeres pessoais.
Não sinta mágoa ou raiva do magro
Se você está acima de seu peso ideal, perceba que todo prazer que sente quando come algo gostoso, ou quando descansa, ao invés de praticar uma atividade, é totalmente esquecido e transforma-se em tristeza, desânimo, mágoa e raiva, quando seu corpo não acompanha certos amigos mais ligeiros, ou nenhuma roupa lhe cai bem. É mesmo desagradável ter que se conformar em vestir roupas de gordo ou ficar olhando as pessoas mais magras se divertirem.
Muitos obesos garantem que são felizes e que não há desvantagem alguma em ser gordo. Com certeza, quando você se condiciona a viver em certos padrões sociais e se adapta a eles, sem almejar maior liberdade, tudo pode ficar bem, mas até que ponto o ser humano nasceu para se limitar? A tendência do universo e de todos os seres existentes é de se expandir. O próprio inconsciente não suporta limitações e repressões, por isso nos gera doenças, acidentes e problemas estéticos como forma de protesto.
Ser magro ou obeso apenas difere da crença advinda da família e não da pura hereditariedade. Os estudos genéticos e a psicologia garantem que bebês de famílias obesas, que foram adotados por famílias de magros, não desencadearam a obesidade e sim os problemas físicos e psicológicos da família adotiva.
Usando velhas armas
Para compreender melhor o comportamento humano, que gera doenças, problemas estéticos e até acidentes, é preciso esclarecer pontos científicos importantes, como a capacidade sugestiva do subconsciente que, através das informações que recebe desde a fecundação, convence o cérebro a aceitar como verdade única determinadas crenças errôneas. A partir daí, o cérebro reage obedientemente, mandando impulsos nervosos a órgãos internos, glândulas, músculos, ossos, etc, transformando a pessoa naquilo que ela acredita ou teme. É provado pela psicanálise, pela PNL (programação neurolingüística), e mesmo pela medicina quântica, que as energias do cérebro e também as do coração transformam não só o corpo físico, como também o ambiente.
Esta é uma sabedoria milenar, conhecida dos poucos iluminados que tinham a capacidade de entendê-la pela ampliação da consciência, mas ignorada pelas pessoas comuns que, por isso, acreditavam que o ser humano era vítima de bruxarias, destino, carma, etc. Hoje, muita coisa foi desmistificada pela ciência moderna, permitindo a todas as pessoas o acesso a essa informação, através de livros, cursos e terapias alternativas.
A física quântica, a medicina psicossomática, a neurolingüística, a psicologia, a psicanálise e a medicina chinesa comprovam que o ser humano reflete em seu corpo aquilo que ele é. Sua personalidade, aquilo que você pensa mais constantemente, aquelas emoções que você carrega no cotidiano, aquelas opiniões das quais não abre mão, tudo está projetado no seu corpo físico, seja em suas características físicas, seja nas doenças que o organismo somatiza.
Como as características do corpo são apenas resultado e reflexo de uma determinada personalidade, buscar a mudança pelo lado externo seria, no mínimo, ineficaz. Mudar a forma física seria mexer no efeito. Não na causa. Por este caminho, as pessoas não vão conseguir fazer grandes mudanças. Elas até podem, por determinado período de tempo, sustentar um certo peso. Mas - e isto é sabido por todos - ao primeiro descuido, o peso antigo volta. E o chamado efeito-sanfona. Engorda, emagrece. Engorda, emagrece. Qual o gordo que não passou por isso?
Portanto, é preciso mexer na causa. Aqueles padrões comportamentais velhos, ultrapassados, que o obeso insiste em prosseguir utilizando, tentando com eles consertar seus erros do dia-a-dia, são armas antigas e ineficazes. As mesmas práticas levarão aos mesmos resultados, aos mesmos efeitos. Para se conseguir resultados diferentes, é preciso mudar de tática e de armas. E preciso mudar o comportamento.
As pessoas que engordam com facilidade ou as que são originárias de famílias de obesos devem procurar mais o próprio interior e descobrir nele a raiz de seu problema. Pois mesmo a hereditariedade pode ser mudada, já que herdamos os comportamentos familiares.
Descobrindo a raiz dos problemas e utilizando as armas corretas, com certeza se chegará ao sucesso nesta guerra contra a obesidade.
Todo pensamento gera situações semelhantes
Se você não consegue ir a um cinema sozinho, não consegue viajar ou almoçar sem companhia, não consegue ficar quieto, em silêncio, sem televisão, rádio ou telefone, então você não se conhece o suficiente para sentir-se bem em sua própria companhia. Ou seja, é uma pessoa que mantém pensamentos ligados nos acontecimentos do mundo externo e acredita em fatalidades e coincidências. Quero dizer com isso que os fatores externos têm grande influência e poder sobre suas decisões e seus sentimentos.
Se você é uma pessoa que gosta de estar consigo mesma e não tem medo da solidão e ainda passeia ou descansa sem a necessária companhia, então você se conhece melhor e com certeza seus pensamentos são gerados pelo que seu coração diz e não pelas supostas fatalidades do mundo.
Quanto mais você tiver pensamentos alegres, esperançosos, de compaixão, de desapego, de elogio, de agradecimento, tanto mais você criará situações positivas em seu ambiente e em seu corpo. E é lógico que alguém que está de bem com a vida, em paz, sereno e seguro, sente menos fome e menos carência afetiva.
Toda pessoa que não trabalha a força de vontade para ser mais dinâmica no comportamento, nas decisões, na eliminação dos ressentimentos, está fadada a engordar.
O cérebro necessita de açúcar no sangue, como combustível para fazer funcionar a máquina da inteligência, do raciocínio, da dedução rápida, dos pensamentos lógicos. Esse açúcar está depositado nos reservatórios do corpo em forma de gordura. São os famosos carboidratos. Quando uma pessoa está apenas pensando, o cérebro solicita uma certa quantidade desses açúcares para se alimentar, portanto, quanto mais dinâmicos seus pensamentos se tornarem, mais combustível seu cérebro necessitará, retirando das gorduras de seu corpo.
Uma pessoa magra possui pensamentos muito rápidos e normalmente não tem paciência para esperar pessoas e coisas. Ela parte logo para a decisão e resolve seus problemas o mais rápido que pode. Isso faz com que seu cérebro utilize muito açúcar de seu corpo, ocorrendo uma queima natural de gordura generalizada.
Uma pessoa obesa alega que é lenta devido a seu peso, mas eu não estou me referindo à agilidade do corpo e sim à rapidez dos pensamentos para elaborar emoções e transformá-las em alegria e desapego.
O corpo torna-se ágil conforme o ritmo dos pensamentos.
Um magro que se alimenta muito e não consegue engordar, precisa apenas desacelerar os pensamentos e tentar deixar para depois coisas que quer fazer hoje e agora. Para uma pessoa ansiosa e dinâmica, esse conselho não é fácil, não é mesmo? Mas a saída que tanto um obeso, que muitas vezes se desacelera por medo ou por carência, quanto um magro, que vive com o pé no acelerador dos pensamentos, precisa encontrar é um ponto de equilíbrio, pois os dois tipos vivem nos extremos devido à insegurança.
Emagrecer é esvaziar-se dos ressentimentos
Ressentir-se ou magoar-se significa dar valor e atenção demais a fatores que julgamos importantes. Mas será que o que julgamos importante para nós, outros não achariam insignificante?
Cada pessoa sente um mesmo problema de maneira ou intensidade diferente e o que vai gerar essa diferença é exatamente o tipo de educação que ela teve na infância. A infância marca nossa vida adulta, com o eco desse passado, sem que tomemos consciência de que estamos revivendo sensações dessa infância, na fase adulta. A mente guarda no inconsciente os fatos que provocaram dores na primeira infância para proteger nosso consciente dessas dores. Mas o registro, embora completamente esquecido, dos grandes traumas dita a nossa conduta de adulto evocando em nós sensações fortes e estranhas a nossa lógica consciente.
Como eu disse anteriormente, cada pessoa sente de maneira diferente um mesmo problema. Uns dramatizam, outros ignoram e outros ainda encaram com naturalidade. E é exatamente da forma como sentimos e vemos um problema que será impressa em nosso corpo a marca da coragem ou do medo, através da saúde e beleza, ou da doença e obesidade.
Sei que não é fácil esvaziar o coração, mas também sei que jamais você se verá livre das dependências emocionais enquanto não buscar o autoconhecimento e aplicar em seu cotidiano pensamentos, palavras e atitudes diferentes das que você vivenciou até hoje.
Uma criança, por mais rebelde ou inteligente que seja, ainda assim, é dependente emocional e financeiramente de quem a cria, não é mesmo?
Então, perceba que toda pessoa acima do seu peso normal tem cara de criança, chora como criança, brinca e briga como criança. É só observar a si mesmo ou os seus parentes e amigos obesos.
Ser criança alegre é positivo para a felicidade do ser humano. Mas ser criança frente aos problemas da vida, magoando-se, tendo autopiedade, culpando pessoas, guardando raiva, sentindo-se vítima e esperando que as pessoas o elogiem, ou o amem, é desejar, inconscientemente, ser notado e ser pego no colo.
Não se zangue comigo, ou pior, não veja esse comentário como coisa bonita em você, pois as consequências desses comportamentos acima citados são sempre desastrosas para qualquer pessoa. Agir assim lhe causa problemas de relacionamento na família, no amor, no trabalho e você acaba adquirindo o hábito de comer coisinhas durante o dia, para abafar a ansiedade gerada pela sua falta de desprendimento perante um problema. E mais, todo problema que ocorre na tireóide é o seu inconsciente se manifestando para lhe dizer o quanto você não fala por você mesmo e não se sente no direito de ser feliz. É uma espécie de complexo de inferioridade que diz: "Todos podem ser felizes, menos eu".
Você pode ter todo o motivo do mundo para dizer que são os outros que o magoam, ou o perseguem com intrigas, mas será que você ainda não notou que tipo de pensamentos você carrega durante sua vida para atrair esses acontecimentos?
Há algo que eu não quero soltar
Toda vez que uma pessoa estiver engordando ela deve parar e se perguntar: o que é que eu não quero soltar? A resposta pode ser: um objeto, uma pessoa, uma situação, um costume, um hábito, um trabalho, um vício...
Em se tratando de pessoas, uma pergunta é pertinente: por que eu dependo emocionalmente desta pessoa? Ou desta família? Em se tratando de "algo", cabe a mesma pergunta: por que eu dependo deste trabalho? Desta situação? Deste contexto em minha vida?
Quando uma pessoa vive acima de seu peso já há muitos anos, ela também, provavelmente, vivência um comportamento de resistências há muito tempo. Esta pessoa passa a criar, ao seu redor, - com seus familiares, com seus amigos e com seus colegas de profissão - um sistema de comunicação totalmente baseado e formulado em resistências emocionais. Logicamente, não é fácil para ela se desvincular deste comportamento. Durante muito tempo, foram criados fatores externos, sobre os quais a pessoa se estabelece, se apoia e se baseia, a fim de se estabilizar psicologicamente. É como uma plataforma, sobre a qual ela coloca todas as suas relações afetivas e psicológicas, representadas pelos seus relacionamentos amorosos, familiares, financeiros, profissionais, de amizade, etc. É uma vida baseada em resistências e dependências.
É necessário que isto seja mudado. Algo precisa ser solto. As dependências precisam ser cortadas. E é lógico que nada disto é fácil. Não se muda da noite para o dia. Tudo o que pode ser mudado da noite para o dia, certamente é algo ilusório e transitório. Ou perigoso. A pessoa pode se desestabilizar e "quebrar" a qualquer momento.
Observe. O gordo "veste" as situações e "engole" os problemas, as pessoas e todas as ocorrências da sua vida e da vida dos outros. Ele não consegue separar o joio do trigo. E como se ele colocasse para dentro e "comesse" tudo o que está à sua volta, interiorizando algo que não deveria ser interiorizado, retendo algo que deveria ser depurado e depois jogado para fora.
Ele se envolve na camada protetora da gordura para suprir sua carência, qualquer que ela seja no presente, para se proteger do mundo que sente ameaçador. Como já disse, uma pessoa carente não necessariamente supre suas necessidades com a comida, tornando-se gorda. Pode supri-las com outros subterfúgios, como o cigarro, por exemplo, ou o álcool.
Veja se você, ao ver os problemas dos outros, não tem vontade de recolhê-los todos no seu colo, resolver todos, acalentar a pessoa atormentada, querendo poupá-la do sofrimento. Veja se lá no fundo você não quer mesmo é garantir com isso ser aceito e amado. Veja se você consegue distinguir o que lhe cabe carregar e o que cabe ao outro. Veja se você permite que cada um aprenda as próprias lições.
A conduta do magro é bem diferente. Aquele magro que é moderado (e não o extremamente magro, porque os dois extremos denotam desequilíbrio neste esquema psíquico) olha para aquele problema ou a pessoa que o trouxe e diz: "Isso não é comigo!". Os magros a que me refiro são as pessoas que possuem o peso ideal.
Uma estrada a percorrer
É importante mostrar o conhecimento sobre a resistência que os obesos encontrarão na estrada que têm para percorrer até o corpo ideal. E digo isto porque as pessoas que se encontram obesas já estão cansadas das inúmeras explicações que ouvem por aí sobre a obesidade. E também estão cansadas das inúmeras tentativas que já fizeram para mudar sua situação. Entretanto, digo que elas ainda não tentaram o principal. As pessoas ainda não tentaram algo que faz com que elas escapem deste esquema de auto-proteção, destas regras do inconsciente que trabalha para que ela melhor se estabeleça na Terra, mas que, no entanto, sabota seus planos de se conhecer, realmente, tal qual é. Todos devem buscar seu verdadeiro eu. E isto é o principal. Através da espiritualidade, pode-se chegar até a verdade e várias são as estradas que se pode trilhar para alcançar este objetivo. Você pode buscar a essência de seu eu através do silêncio, da meditação ou de uma oração silenciosa. Desta maneira, você poderá suportar toda a angústia que virá - sim, porque ela virá! - representando a resistência inconsciente, a negação, para que você não veja a verdade que tanto lhe dói, mas que tanto lhe é cara.
Muitas pessoas dizem: "Eu já tentei, mas não gosto de meditar, isto não faz a minha linha." Elas, na realidade, estão se justificando, quando dizem não gostar da meditação. Porém, isto é algo conhecido, e se chama resistência inconsciente. É mais uma vez o inconsciente mascarando a verdade com seus diversos disfarces.
Você deve parar de acreditar que a origem de seus problemas está em fatores externos. A raiz de tudo sempre pode ser encontrada no seu interior. É comum ouvir de pessoas gordas: "Sou assim porque é uma predisposição genética da minha família!." Mais uma vez a resistência inconsciente se manifesta.
A medicina psicossomática ensina que os genes das pessoas podem sofrer alterações quando existe uma mudança comportamental e psicológica em um ser humano. Tudo se transforma. Pela Linguagem do Corpo, sabemos que o organismo é o reflexo total dos pensamentos conscientes e inconscientes de uma pessoa.
A técnica do autoconhecimento
Uma sugestão é fazer o seguinte: sentar-se sozinho, entre quatro paredes, sem ninguém por perto, sem nenhuma dependência emocional, e ficar em silêncio. Inicie uma meditação fazendo silêncio e comece um mergulho em si mesmo, para perceber o que há dentro de você, de bom e de ruim. Quando conseguir isto, passará a compreender que existem energias que até então você desconhecia e que existem facetas suas que você não sabia. E este desconhecimento advinha do fato de estar sempre perto de alguém e nunca sozinho.
Se não conseguir fazer isto sozinho, busque ajuda de profissionais que trabalhem seriamente com exercícios e técnicas de meditação. Certamente, desta maneira, conseguirá.
O magro egoísta e o gordo altruísta
Verifique se você é uma pessoa que não aprecia estar só (e quando digo só não quero dizer solitário). Há sempre alguém ao seu lado, para ampará-lo. Lute contra a dependência que você possui das pessoas. E esta dependência é uma carência, um medo de não ser aceito e amado. Por esta razão, perceba que você possa estar vivendo sua vida controlando tudo e todos, num eterno medo de não perder coisas e pessoas. Faz de tudo na busca do amor e da aceitação das pessoas. Olhe à sua volta, veja como são as pessoas gordinhas: é sempre alguém simpático, solícito, subserviente até. Muitos gordinhos metem-se com filantropia e outras formas de ajuda, não exatamente pensando no auxílio ao próximo, mas visando a aceitação e o amor que ele poderá obter. E poderá agir assim inconscientemente. Pode até sofrer por alguém, sem saber que está sofrendo por si mesmo, vendo-se na outra pessoa, como num espelho interior.
E fato que a maioria não percebe que age desta maneira e isto ocorre porque é sincero o que ele sente. Realmente se sensibiliza com as pessoas que lhe pedem ajuda. Mas assim ele se transforma na muleta das pessoas que têm problemas como ele, ou seja, alimenta uma dependência emocional.
É muito diferente do que acontece com o magro. O magro, normalmente, é taxado de egoísta pelo gordo. O magro não se submete a condição de ser muleta para as pessoas com problemas. Ele dificilmente cairá em um esquema de dependência emocional. Quando o magro percebe uma situação como esta, não se mostra conivente com alguém que quer uma muleta para apoiar sua dependência. E nega ajuda!
Para que o obeso não aja mais desta forma, é necessário, em primeiro lugar, que tome consciência de seus atos e das razões que o levam a agir da forma que age. Depois disto, deverá compreender e aceitar os fatos, com flexibilidade. Aos poucos, esta maneira de agir irá desaparecer e, gradativamente, a resistência será quebrada.
O caminho mais difícil
Já que você quer realmente se livrar do problema, por que não tentar exatamente o caminho mais difícil? Aquele caminho que o inconsciente lhe nega, e que o faz sentir raiva e repúdio. Quem sabe é aí que estará a resposta para sua recuperação interna.
Muitos dirão: "Estou contente com o meu corpo, mesmo estando gordo! A minha gordura não interfere na minha vida." Só que, dizendo isto, aceitando e conformando-se com esta situação, ele estará escondendo, das pessoas e dele mesmo, aquelas angústias secretas que ele acha serem próprias da vida.
Nesta altura dos acontecimentos, o obeso tenta aceitar as angústias como algo que faz parte da vida. Ora, angústias não fazem parte da vida. A vida pede e é para ser vivida sem angústias! Angústia, para a Psicologia, significa medo do novo.
O obeso tem um grande medo de soltar suas velhas coisas, de se desfazer de certos relacionamentos repentinamente. Como enfrentar o novo? Ele pode não ser aceito! Ele pode não encontrar outro amor! O gordo tem medo de viver só, de estar na solidão. Desenvolve, dia-a-dia um invólucro para se proteger das suas próprias angústias, depressões e ansiedades. Uma capa (de gordura) protetora contra os ataques hostis do mundo externo.
A estrada que leva as pessoas ao novo é o caminho mais difícil, mas é exatamente o atalho que você deve tomar para chegar ao seu objetivo de se livrar da obesidade.
Ajuda profissional, meditação e reflexão
É de fundamental importância a meditação e a reflexão, mas quando não se sabe, ou não se consegue lidar com os mecanismos de defesa do inconsciente, que age dominando a consciência, é importante buscar ajuda profissional.
O profissional não precisa ser, necessariamente, um psicanalista. Deve, porém, conhecer técnicas que ajudam a conhecer melhor o funcionamento da mente, como a PNL, ou a psicologia comportamental, reichiniana ou junguiana.
Você só irá emagrecer no momento em que romper com as crenças antigas e com o comodismo que há dentro delas, que tenta convencê-lo de que não é preciso mudar. Seu apego às antigas crenças e seu comodismo existem em função do impulso negativo que vem do seu inconsciente.
O relaxamento e a meditação possuem importância comprovada pela Ciência. Ao relaxar os pensamentos e os músculos, todo o organismo é beneficiado. O sistema nervoso age de forma eficaz sobre os órgãos e funções do corpo, toda a energia que estava bloqueada passa a fluir normalmente. Com isso, as enzimas e as substâncias químicas funcionarão melhor dentro do organismo, que passa a ter um ótimo metabolismo.
Caso você não obtenha bons resultados praticando esta técnica sozinho, aconselho que busque a ajuda de um profissional e leve a sério sua luta contra a obesidade. Rompendo com as pressões internas, que querem impedi-lo de encontrar o bem estar, você, com certeza, encontrará a felicidade, já que nasceu com o direito a ser feliz.
Expandindo a Consciência
Expandir a consciência é tornar-se livre das amarras emocionais. É ver o mundo com olhos de gigante e não mais com os de um pequeno ser indefeso e carente. É ver e sentir os fenômenos que causamos com nossos pensamentos e assumir a responsabilidade por tudo que nos acontece, pois sabemos que a lei de causa e efeito existente por todo o universo é uma dádiva que podemos controlar.
Quando se expande a consciência, através de atos espiritualizados e desprendidos, somos inundados de um prazer imensurável e inexplicável, muito superior a qualquer prazer dos cinco sentidos. O emagrecimento ocorre a partir da transformação do medo em segurança e desapego.
Quando o obeso compreender que retém sentimentos negativos, certas pessoas e situações, desnecessariamente, percebendo assim que não vale a pena sofrer, e se abrir para novas oportunidades, então desencadeará em sua mente novas ambições, carregadas de alegria e dinamismo, fazendo com que tudo ao seu redor mude para entrar em sintonia com a nova atitude.
Lembre-se de que qualquer sentimento de medo, culpa, remorso, abandono são gerados pela sua cultura e educação e não são a verdade.
Acredite que seu coração quer que você se liberte das amarras de suas emoções e aprenda que amar e zelar não significa controlar e depender. Ame com o Deus de seu coração, que liberta e se alegra em soltar. Saiba que o Deus do seu coração sempre o protegerá e lhe trará alegrias, quanto mais você se desapegar. O processo de emagrecimento ocorre igualmente em todas as pessoas que se tornam alegres, dinâmicas e rápidas na eliminação de mágoas, raivas, ressentimentos e medos. Acredite, você não se tornará uma pessoa egoísta se começar a ser mais forte e desapegado. Ao contrário, quanto maior for o seu amor, mais livre você será. Os que choram, sofrem e adoecem alegando amar demais, estão iludidos. O amor é indecifrável, mas com certeza, desde os sábios da antiguidade, sabemos que o amor verdadeiro, seja pelo cônjuge, pelos filhos, pais ou amigos, é sempre aquele que deixa partir, com o coração repleto de alegria e esperança.
Os que resistem em soltar e sofrem estão confundindo sentimentos e se permitindo ser possessivos. Na verdade, aquele que prende, controla, chantageia, sofre de cegueira espiritual e não de amor.
Tudo pode ser mudado, se você refletir e buscar auxílio. Não há gen, glândula, carma ou hereditariedade que não se transforme, frente a impulsos cerebrais e energéticos, corretamente dirigidos.
Observe: somos aquilo que acreditamos ser. Na Bíblia está escrito: o que você vê em sua alma, assim você será. Cristo disse: seja-te feito conforme creste. E há muitos outros exemplos. Muitas religiões, filosofias e seitas explicam a mesma verdade de formas diferentes ou fragmentadas. Entretanto, sabemos que a verdade é única.
Estudando a Física, pode-se constatar que todos somos partículas, átomos, ondas de energia em última análise. Essas ondas de energia são como ondas de rádio e de televisão, que estão aqui concretamente, mas são invisíveis aos olhos. Da mesma maneira são os pensamentos e a realização daquilo que pensamos. Tudo o que pensamos, mais cedo ou mais tarde, irá acontecer.
Infelizmente, negamos isso, porque, simplesmente, não lembramos de tudo o que pensamos. Apenas 5% dos impulsos comportamentais das pessoas são guiados pelo consciente; os outros 95% são comandados pelo inconsciente. E verdade que possuímos pensamentos constantes, dos quais temos plena consciência, mas há uma grande parcela ainda inconsciente, a qual não temos acesso.
É necessário, portanto, expandir a consciência. Muitas escolas holísticas usam o termo expansão da consciência. Este termo significa aumentar a consciência para todos os lados, para dentro, para fora, para cima e para baixo, fazendo com que o inconsciente se revele à luz da consciência. É preciso aumentar a parcela de consciência e diminuir a ínconsciência.
Enquanto o ser humano não tiver pleno acesso a este amigo ou inimigo chamado inconsciente, ele não será totalmente capaz de dizer aquilo que é certo ou errado e julgar que algo faz ,ou não parte de seus pensamentos e de sua vontade. E não acreditará no invisível, que é algo que existe, e que vai além do que se pode enxergar e tocar. O invisível passa a ser real no momento em que se expande a consciência e se conhece um mundo novo, que antes era invisível, mas depois da consciência expandida, passa a ser tangível.
A peça que falta no quebra-cabeça
Todas as pessoas têm problemas e infelicidades. No entanto, nada neste mundo, nem ninguém, possui o poder de lhe trazer problemas ou infelicidades, se você assim não o permitir. Quem permite ser atingido por mágoas, ressentimentos, raiva ou sentimentos de vingança é você mesmo. As pessoas, em geral, possuem medos internos, autoestima baixa, inseguranças, depressão, ansiedade e desequilíbrios internos quando se permitem ser atingidas por problemas e infelicidades externas. E a causa disso é não saber lidar satisfatoriamente com o mundo externo. Isso ocorre, porque as pessoas não puderam crescer e se desenvolver naqueles momentos críticos, quando precisaram mas não obtiveram o material para completar aquele quebra-cabeça da sua mente em desenvolvimento, na fase da primeira infância. E isso não é culpa da mãe, do pai, da avó ou da bisavó. Esse é um sistema que vem se repetindo há milênios. Desde o primeiro homem na face da Terra, na época do surgimento do primeiro ser vivo no Universo, existem mecanismos de transtorno para que se busque a fixação nesta dimensão Esta fixação, muitas vezes, acontece de forma fragmentada, dispersa e separada dos dados espirituais que deveriam estar trabalhando junto com os dados materiais. Quando se perde de vista o eu-essência, quando se perdem de vista as leis universais, você se torna cada vez mais distante de uocê-uerdadeiro, total, pleno de consciência. Desta forma, você estará cada vez mais distante da verdade e acabará se tornando um sonho, uma fantasia, perto daquilo que é o real.
E como não ver, por algum tempo, uma pessoa que se conhece. Você poderá se lembrar dela. Porém, quanto mais tempo se passar, menos você se recordará de suas feições, porque a sua imagem estará muito distante e cada vez mais apagada em sua memória.
Foi exatamente isto o que aconteceu com o conhecimento daquilo que é invisível, porém real. Durante milênios, as pessoas passaram a dar valor apenas para o que viam com os olhos, o mundo material. E o mundo espiritual, invisível, verdadeiro e real ficou relegado a um plano secundário, do qual, até hoje, muitos duvidam da existência. Isto resultou em um conhecimento incompleto dos seres. A parte material é conhecida. Muito pouco se sabe, porém, daquilo que não é visível. E o conhecimento do eu-real é como um quebra-cabeça em que faltam algumas peças. E essas peças só serão encontradas quando se conhecer o mundo invisível, mundo este ao qual se chega com a expansão da consciência.
Rompendo vínculos
Se você quiser emagrecer deverá romper seus vínculos familiares. Não os vínculos afetivos com as pessoas que vivem sob o mesmo teto, mas os vínculos internos que geram dependências. Deverá compreender que quanto mais você se soltar e se desapegar, mais estará trabalhando para a energização dos seus chakras, o que faz com que seu corpo receba, harmonicamente, todo o tipo de energia positiva que irá equilibrar sua estrutura psíquica, da qual a glândula pineal faz parte.
A glândula pineal é conhecida dos médicos neurologistas. Quando esta glândula vibra, ela influencia e transforma o corpo etéreo, alterando o estado de consciência da pessoa. A glândula pineal pode vibrar por meio de sons, de entoações vocálicas, de cores e de luzes, e é capaz de transformar a aura e também o corpo físico.
Hoje em dia, os médicos, os estudiosos e os cientistas cada vez mais consideram os fenômenos parapsicológicos e a influência das propriedades da mente nos fatos do cotidiano. Nos congressos e nas sociedades científicas, a cada dia surgem novas informações sobre o que se convencionou chamar de mundo holístico. O termo holístico refere-se ao ser humano visto; como um todo, corpo e mente. Não é algo místico. É visão do ser humano, considerando-se seus aspectos físicos e não-físicos, visíveis e invisíveis.
A cada dia, o mundo holístico está se aproximando de nossas vidas, de nosso dia-a-dia. E os médicos que ainda não o consideram, em seus trabalhos e diagnósticos, não vão poder ficar muito tempo longe destas informações. Quanto mais um médico conhecer seu paciente no âmbito psicológico, energético e fisiológico, melhor ele poderá elaborar um diagnóstico. Com isso, poderá ensinar novos recursos de autocura para seu paciente, que poderá colaborar com o tratamento médico.
Pense. Reflita. Você já ouviu de tudo e já tentou quase tudo. É fato conhecido que muitas vezes as pessoas sentem preguiça, depressão, falta de vontade ou até acreditam convictamente que a culpa da situação é dos outros, e que são eles que precisam modificar-se para que você seja feliz, ou que as pessoas são diferentes de você. Se você continuar achando que o que você faz é o normal e o correto, pense que o correto é o desapego e não a manutenção de um modo de viver que o leva apenas ao ponto infeliz onde você se encontra.
No desapego verdadeiro existe o amor profundo e incondicional, que acredita em Deus com todas as forças do coração. O verdadeiro amor não prende, mas liberta. Quanto mais você acreditar que as energias do Universo fazem parte do seu ser, como um todo, e quanto mais pensar positivamente, mais atrairá vibrações positivas para o espaço ao seu redor, para o seu mundo e para o seu corpo. Quanto mais isto acontecer, menos medo você terá em soltar pessoas ou acontecimentos, porque saberá e terá convicção de que tudo sempre dará certo e correrá da melhor maneira para todas as pessoas, em todos os sentidos.
Seja otimista
Alimente o otimismo. Experimente ser otimista e não se deixe influenciar por pessoas que estão doentes do espírito. Distancie-se, nem que seja por um instante, de pessoas que só reclamam, que se lamuriam e que criticam. Os pessimistas sempre julgam os acontecimentos da pior maneira. Geralmente, são pessoas que se dizem intelectuais e sabedoras das coisas, entretanto, suas vidas estão sempre iguais Afaste-se disso. Deixe um universo de otimismo penetrar em seu coração. Talvez isto seja uma utopia para você. Mas garanto que é realidade para quem vive desta maneira. Convido você a entrar para um grupo, para uma "panelinha", que acredita em Deus. Você pode dar ao seu Deus o nome que quiser e, geralmente, cada pessoa entende e reconhece Deus de uma forma diferente. Na realidade, Ele existe como força universal independentemente se você pensa nEle ou não, mas, com certeza, quando se conecta em pensamento a essa energia, as transformações são mais rápidas. Já expliquei anteriormente que o mundo é o que você pensa. Portanto, pense mais na luz e imagine-a dentro e fora de você, limpando suas mágoas, dores, tristezas e amarguras e permita que esta luz entre em você. Dê a ela o nome que desejar. É preciso que você rompa com aquele velho hábito de sempre perguntar para alguém o certo e o errado, ou o que você deve fazer. Se até o dia de hoje este comportamento foi uma regra em sua vida, esqueça o passado. Tudo o que pensamos um dia irá acontecer. Ao relembrar o passado, você estará pensando novamente sobre ele, e estará recriando os mesmos problemas para o seu futuro. Esquecendo o passado, você irá, conscientemente, conseguir preencher a sua mente com outros afazeres e outras atividades.
Se você romper com o passado e viver o presente e o futuro, e ainda assim seu corpo estiver obeso, compreenda que o seu inconsciente está resistindo e que ainda há algo retido dentro de você. Portanto, procure todas as formas de interiorização e aprenda a mergulhar em você com a força de vontade para silenciar e meditar.
Tente todos os dias, um pouco que seja, até perceber que sintomas como cansaço, sono, enjôo, coceira, e etc. são maneiras de seu inconsciente negar a verdade para você.
Por mais que se diga e se prove que existem substâncias essenciais em determinados alimentos, nem sempre aquele alimento é o mais adequado para você. Cada alimento corresponde a uma determinada personalidade. Portanto, tire férias de tantas informações e regras alimentares que você obteve até os dias de hoje. Descanse, medite e tome novas atitudes em sua vida, lutando contra os mecanismos de defesa, representados pela depressão, medo da solidão, cansaços, sonos e preguiças, que impedem que você vá adiante em seu propósito de autoconhecimento para curar-se, definitivamente, da obesidade
Palavra final
A obesidade é apenas um sinal, um telegrama enviado pelo seu inconsciente. Não acredite que o fato de ser gordo é algo apenas hereditário ou uma consequência de comer demais, ou ainda distúrbio das glândulas. Mas acredite, sim, acima de todas as coisas, que o Deus do seu coração está sempre lhe mostrando novas alternativas, incansavelmente, para que você entenda que tudo pode ser mudado.
O fato de você não querer mudar, por achar que está bem desta maneira, não deixa de ser uma resistência. Se você julga estar bem, então observe o seu comportamento: se você não estiver reclamando de nada, se nunca está triste, se sempre faz tudo sem ter dor no corpo, ou dor moral, se não guarda mágoas ou ressentimentos e se nunca está nervoso, então eu acreditarei mesmo que você está bem e satisfeito consigo mesmo. Caso contrário, eu chamarei a tudo isso de resistência a uma mudança que urge se fazer em seu ser.
Acredite sempre em seu Deus, aquele que seu coração sabe que existe e que possui o nome que você queira dar. Você compreenderá, cada vez mais, que toda a ajuda que encontrar ainda será pequena perto do que você mesmo pode se dar. Você, como ser humano, tem todo o conhecimento em seu interior. Basta, apenas, mergulhar em si mesmo, não tendo medo de enfrentar e ultrapassar os obstáculos que virão, representados pelas resistências e pelos mecanismos de defesa do inconsciente. Depois de enfrentadas as dificuldades, você irá se deparar com um mar de liberdade, imenso e maravilhoso, uma vida nova em um corpo equilibrado e proporcional, compatível com o novo ser que, graças a você mesmo, veio à tona, e que será, com certeza, muito feliz. Você merece!
Que o Deus do seu coração lhe dê força e amor para suas conquistas.
Cristina Cairo – A Linguagem do Corpo 2