Bem-Vindo ao Blog A AutoCura para os Transtornos Alimentares

Construi este blog para estender a mão para as pessoas que sofrem com algum tipo de distúrbio alimentar. Posso afirmar que se trata de postagens de auto-ajuda, de muita auto-ajuda. Neste blog você encontrará muitas mensagens escritas por mim, e muitas outras de varios autores, cujas idéias me identifiquei. Caso eu publique algum texto ou imagem sua e você não quer que seja compartilhada, por favor entre em contato que imediatamente a retirarei, mas saiba que só publiquei porque gostei muito. Tenho muito o que dizer para você que sofre (e sei que é muito) com essa guerra com a balança e com os alimentos.

terça-feira, 29 de maio de 2012

22 anos de compulsão alimentar eliminada com EFT


Nota: Você entenderá melhor esse texto se já tiver lido o manual da EFT. Para receber o manual sem custos, acesse:
http://www.eftbr.com.br/manual-gratuito.asp





O que leva alguém a comer além do que o corpo precisa, ou mesmo comer compulsivamente?


Guardamos uma intranquilidade emocional dentro de nós, a qual chamamos de "ansiedade". É o somatório de sentimentos mal resolvidos: culpas, medos, tristeza, rejeição, mágoas, preocupações e etc... Todos nós sofremos de algum grau de ansiedade. Quando esse nível começa a se elevar, buscamos fugas em prazeres que mascaram temporariamente o nosso desconforto.
A comida é uma das fugas mais utilizadas. O ideal seria reconhecer, sentir e curar esses sentimentos, assim a compulsão simplesmente deixaria de existir, pois não haveria mais nada para fugir.
Veja o depoimento de Telma a seguir, como ela conseguiu se curar cem por cento de uma compulsão alimentar de 22 anos, depois de ter se libertado de vários sentimentos guardados.
André Lima

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Vou começar com uma retrospectiva.  Nunca fui gorda/obesa, mas aos 12 anos eu parei de crescer e engordei uns 3 ou 4kg.  Logo fui cobrada pelo meu pai, e por mim mesma, de emagrecer.  Minha mãe e minha irmã sempre foram magérrimas e nunca tiveram problema com alimentação, sempre puderam comer de tudo e eu morria de inveja disso.
Então, aos 12 anos, comecei minha primeira dieta.  E, logo depois da primeira dieta, veio a compulsão alimentar. Eu me cobrava tanto de fazer a dieta à risca que quando cometia algum deslize, “chutava o balde”, recomeçava no dia seguinte.  Isso é bem comum em quem faz dieta.  Pois é... o perfeccionismo, a cobrança, a privação e “otras cositas mas” me levaram à compulsão. 
Tinha vergonha de comer em publico e comia quantidades absurdas de comida escondida.  Comia comida do lixo (de casa).  Comia coisas até ruins só para me empanturrar.  Uma loucura.  O assunto “comida” consumia “200%” do meu tempo.  Eu acordava e dormia pensando no que eu ia comer, não ia comer, podia comer, não podia comer.  Deixei de ir a muitas festas e eventos com medo da comida.  Tinha medo de “surtar” e começar a comer sem parar na frente das pessoas.  Muitas vezes, antes de ir para alguma festa ou evento, comia compulsivamente para chegar lá e parecer “normal”.  Passei muito mal com comida, me entorpecia.  Deixei de viver muita coisa por causa disso.
Foram muitos anos de dieta, compulsão, engorda, emagrece até eu começar no caminho do autoconhecimento e perceber que eu poderia me curar deste distúrbio.  Fiz tudo que existe na face da terra em busca da minha cura.  Todas as técnicas, ferramentas, terapias, cursos, etc que eu ouvia falar, eu experimentava.  Sempre acreditei que conseguiria ter um comportamento “normal” com a comida.  Melhorei um pouco, mas nada me curava completamente.  Nesta minha busca, percebi que eram medos, raivas, culpas, autopunições, cobranças, sapos engolidos, falta de auto-aceitação que me faziam comer descontroladamente.  Digamos que eu melhorei uns 50% com tudo isso, mas o “inferno” continuava.  Ainda tinha crises de compulsão, a briga com o peso não acabava.. Enfim.. Um horror! 
Conheci a EFT em 2009, mas não dei muita importância.  Em 2011, seguindo minha intuição, resolvi fazer um curso do Andre.  Nem lembro como cheguei até ele.  Já tinha lido a apostila no site, já sabia utilizar a técnica, mas estava me sentindo insegura e com duvidas.  Depois do primeiro curso, comecei a fazer EFT para o vicio por chocolates.  Fazia sozinha em casa (sou muito determinada e disciplinada).  Em pouco tempo, o vício diminuiu.  O que me ajudou muito, pois o pior alimento para mim era o chocolate.  Em paralelo, fazia sessões de EFT com o Luiz Antonio Berto (www.vivenciaemcura.com.br / email: luiz@vivenciaemcura.com.br) e limpava medos, raivas, inseguranças, carências, culpas, autossabotagens, autopunições, etc.  Como eu tinha outros dois assuntos que “estavam pegando”, não foquei no assunto “comida” em muitas sessões... Não posso dizer que “em uma sessão de EFT eu curei minha compulsão por comida que durava 22 anos”.  Mas mesmo não tratando diretamente da comida, conforme eu limpava sentimentos e emoções negativas, a “coisa” com a comida melhorava também.  Todas foram importantes para a minha cura.
Fiz muitas sessões, liberando conteúdos emocionais que eu não fazia ideia que guardava e também limpando conteúdos que eu já tinha consciência, mas, mesmo com a consciência, eu não tinha me libertado.  Eu sempre digo que “só” a consciência não resolve.  Ajuda, é claro.  É o primeiro passo!  Muita negatividade foi liberada.
Lembro com carinho de uma sessão que me ajudou muito no meu processo de cura da compulsão.  Vi uma imagem de quando eu era pequena, com 1 ano e meio, tentando matar minha irmã recém nascida.  Não sei se isso aconteceu de fato, mas sei que isso me libertou de culpas e autopunições gigantescas.  Como eu me punia? Com a comida, pois ser magra sempre foi uma coisa MUITO importante para mim.  Este dia foi libertador.  Outra sessão marcante foi quando trabalhamos a rejeição que eu sentia da minha mãe e o buraco emocional que ficou após o nascimento da minha irmã.  Isso entre outros assuntos, por exemplo, ficar gorda para me esconder dos homens, de ser chamada de gostosa na rua (detesto isso, acho um desrespeito).   Foram muitas emoções negativas liberadas com a EFT.
Hoje estou completamente curada.  Tenho quilos de chocolate em casa e como pouquíssimo.  Adoro comprar, ter em casa.  Me dá um prazer enorme comprar coisas gostosas.  Não preciso devorar tudo no primeiro dia como era antes.  A compulsão de 22 anos por comida (doces, biscoitos, bolos, tortas e chocolates era o que eu comia compulsivamente) é coisa do passado. 
O mais legal é que antes, quando eu ficava triste, nervosa, deprimida, com medo ou com raiva, eu descontava tudo na comida.  Hoje eu fico SEM APETITE!!!  Me sinto tão magra assim!!  As magras sempre perdem o apetite e emagrecem quando estão tristes!!  E hoje eu sou uma delas!! 
Outra coisa legal: hoje faço escolhas saudáveis NATURALMENTE.  Não gosto de comer comidas gordurosas, que me fazem mal.  Faço escolhas saudáveis por opção, me sinto bem assim.  Não consigo colocar no meu corpo alimentos que sei que me farão mal. 
Agradeço imensamente o carinho, cuidado, profissionalismo e amor do Luiz Berto.  Amo EFT, ensino pra todo mundo! E tenho uma gratidão profunda pelo Andre, que divulga este trabalho lindamente.
Continuo fazendo EFT semanalmente.  Todas as sessões são muito fortes, profundas e de muitas descobertas.  Desejo muita cura para todos. Com amor,

Telma Vieira - Contato: telma.vieira@uol.com.br  

Abraços,
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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sofrer junto com o outro

Olá amigos!!

A postagem abaixo em um primeiro momento parece não ter nada haver com transtornos alimentares, mas não é bem assim. Muitas pessoas que desejam seu peso ideal acabam ingerindo uma imensa quantidade de comida, ou pessoas com anorexia, que entram em crise por causa da uma situação como a relatada na postagem a seguir.

A todos uma boa leitura!

Beijos, Daniela.


Por que sofremos junto com os outros, será por amor?


Certa vez um amigo me chamou para conversar sobre seu filho. Estava muito preocupado com o rapaz que andava deprimido já havia um tempo.  O pai não sabia o que fazer, como ajudar e sofria ao pensar na situação do filho. Falei que ele poderia recomendar ao filho um trabalho terapêutico que seria de grande ajuda, caso o rapaz aceitasse. Caso não aceitasse, não havia nada a ser feito, a não ser aguardar pacientemente.
Dei uma outra recomendação importante. Que ele mesmo buscasse um trabalho terapêutico, para que ficasse em paz diante do sofrimento do filho, mesmo que o rapaz não quisesse ser ajudado. Falei que seria muito bom que ele ficasse bem, ainda que seu filho estivesse atravessando uma fase difícil.
Nesse momento, ele me falou que tinha uma relação muito estreita como filho e que por gostar muito dele, não conseguiria vê-lo daquele jeito e ficar em paz ao mesmo tempo. Surgiu então uma crença muito comum: a crença de que quando alguém que nos amamos está sofrendo, temos que sofrer também e não podemos ficar em paz. Essa crença traz outras implicações, que são também crenças e pensamentos nos prendem ao sofrimento:
- Se eu fico em paz enquanto meu filho tem um problema sério, significa que não o amo;
- Se eu estiver feliz enquanto ele tem um problema, isso significa que não me importo com ele;
- Se eu ficar em paz, não vou tomar nenhuma atitude para ajudá-lo;
- As pessoas só agem para ajudar alguém quando eles sofrem ao ver o outro sofrer;
- Se elas não sofrem, é porque são pessoas frias e sem sentimentos;
- É preciso sofrer junto com o outro para se importar e fazer algo por ele;
- Não quero ser uma pessoa, fria, egoísta, ou insensível, por isso eu tenho que sofrer junto com ele;
- Sinto culpa em estar feliz enquanto o outro sofre;
- Ficar infeliz junto com o outro é uma forma de não sentir essa culpa;
- Não sofrer junto com o outro é abandonar e trair o outro;

Expliquei que tudo isso são crenças extremamente comuns, que servem apenas para produzir mais infelicidade. Nosso sofrimento não ajuda ninguém. Pelo contrário, sempre acaba atrapalhando. Seja a nós mesmos, seja ao outro, pois acabamos por se insistentes, preocupados demais e não respeitando o direito que ele tem de não buscar ajuda. Quando há sofrimento e insistência de nossa parte,  queremos que o outro mude logo, assim também acabaremos com o nosso sofrimento.  Parte dessa motivação em ajudar acaba sendo bastante egoísta.
O que então pode nos impulsionar a ajudar os outros, se estamos plenamente felizes e  em paz? O amor nos impulsiona. Não precisamos de nenhum tipo de sofrimento pra isso. O bebezinho nasce e nós sentimos um irresistível impulso de cuidar e ajudar. E quanto mais estamos felizes, melhores serão nossas atitudes e melhor será nossa ajuda.
O ego nos convence que precisamos sofrer junto com o outro e com isso acabamos fazendo parte do problema. Quem está infeliz, está fazendo parte do problema. É como se quiséssemos ajudar alguém a sair de um buraco de uma maneira equivocada. Estamos fora do buraco, aí entramos dele e pedimos que a pessoa suba em nossos ombro para que ela possa sair. Por alguma razão, ela não tem forças e não consegue. Agora, são dois dentro do buraco. Continuamos a insistir, a pessoa sem forças não consegue e nós acabamos por ficar lá dentro com ela.
Famílias inteiras entram dentro do buraco, quando tem algum membro com um problema mais sério, principalmente em casos de depressão, vícios e outra questões emocionais graves. Os membros da família sempre querem que o familiar doente busque ajuda. Insistem, ficam com raiva, preocupados, tristes, e isso nunca tem o poder de convencer aquela que não quer ser ajudado.
Os familiares ligam para o terapeuta  dizendo que o filho, ou a mãe precisa de ajuda urgente.  Como não foi o próprio "precisado" que entrou em contato para buscar ajuda, provavelmente não dará em nada.
Não vou dizer que é impossível, mas é muito raro que alguém consiga encaminhar o outro que não quer ser ajudado. Podemos apenas sugerir e deixar que ele procure o caminho. Quando um adulto quer, ele mesmo liga e agenda. Em alguns casos, pode ser que peça pra alguém pra fazer isso por ele. Mas quando o desejo não parte da pessoa em dificuldades, ela não chega até o tratamento, ou então chega e rapidamente abandona.  
A melhor forma de ajudar surge quando estamos e paz. Você olha alguém para dentro do buraco, e lá de cima, oferece sua mão para que a pessoa saia. Ela não consegue, aí você coloca uma escada e deixa lá a disposição. Mesmo assim, tem alguns que não sobem. E são muitas as razões inconscientes que levam alguém a agir dessa forma. Nem mesmo a própria pessoa sabe, nem enxerga que está se sabotando. Não passa pela lógica racional. Jamais conseguiremos entender plenamente o que se passa. É preciso que a própria pessoa acorde e tome a decisão de sair do buraco aceitando a ajuda oferecida.
 Quando tentamos convencer a todo custo, falando demais, brigando, insistindo, o efeito costuma ser o contrário e a tendência é que a pessoa se feche para ajuda cada vez mais. Estamos na verdade, em parte, querendo acabar com o nosso próprio sofrimento, pois precisamos que o outro mude para ficarmos em paz. Quando descobrimos que podemos ter a nossa paz interior independente do outro, surge o desapego. Não é desinteresse, e sim, desapego. Estaremos prontos para ajudar, mas sem aquela vibração de necessidade, medo, desespero e até raiva do outro durante a espera. Nesse estado não há também o sentimento de culpa em estar bem enquanto o outro está mal.
Respeitar a decisão do outro (ainda que seja uma decisão inconsciente) de permanecer dentro do buraco é um ato de amor e consideração. Aguardar pacientemente, de forma desapegada, é também um ato de amor. Quando agimos dessa forma, nosso poder de influência se torna bem maior, por mais que pareça o contrário.

André Lima - EFT